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Orquestra Sinfônica do Paraná faz concerto em Londrina

  • por Ascom Alea/Doc
  • Orquestra Sinfônica do Paraná. Foto: Kraw Penas

A Orquestra Sinfônica do Paraná, que há 33 anos encanta o público e a crítica com seus mais diferentes estilos - desde os clássicos até os românticos e contemporâneos, é uma das grandes atrações da programação deste domingo (22) no 38º FIML às 20h30, no Teatro Ouro Verde.

A entrada para o concerto é gratuita, os ingressos já estão esgotados mas haverá fila de espera.

A regência é do maestro Marcos Arakaki. No programa da noite, Ruslan e Ludmila – abertura, do compositor Mikhail Glinka; Sinfonia nº 8, do compositor Ludwig Van Beethoven; Batuque, do compositor Alberto Nepomuceno; Abertura do Festival Acadêmico, de Brahms; e Dança Eslava Op. 46 nº 8, do compositor Antonín Dvórak.

Orquestra Sinfônica do Paraná
Desde 28 de maio de 1985, a OSP vem apresentando uma história de talento e dedicação à música. Ao longo destes anos a OSP construiu um belíssimo histórico com mais de 40 maestros convidados e cerca de 200 solistas, que vieram de diversos lugares do Brasil e do mundo para enriquecer o repertório do grupo musical, que hoje conta com cerca de 900 obras catalogadas, de mais de 250 compositores, destacando os autores brasileiros Villa-Lobos e Camargo Guarnieri, e os paranaenses Henrique Morozowicz e Augusto Stresser. No currículo da OSP, já constam mais de 500 apresentações dentro e fora do Paraná, com montagens de importantes óperas, balés, primeiras audições mundiais, sul-americanas e brasileiras. Nas atuações com o Ballet Teatro Guaíra, destacam-se as montagens do ballet “Quebra-Nozes” de Tchaikovsky e “Romeu e Julieta” de Prokofiev, além da participação nas óperas “Carmen” de Bizet, “Viúva Alegre” de Lehar e “La Bohème” de Puccini, entre outras obras. Com uma notável capacidade de se adaptar aos mais diferentes estilos, a Orquestra suscitou aplausos entusiasmados dos mais exigentes maestros que tiveram oportunidade de regê-la, da crítica especializada nacional, assim como das plateias que a assistiram.

Ruslan e Ludmila – abertura, do compositor Mikhail Glinka
Esta música faz parte da abertura da ópera Ruslan e Ludmila, que estreou em 1842, no Teatro Bolshoi Kamenny, em São Petersburgo. Inicialmente, a ópera foi recebida com receio do público russo, que havia se acostumado ao modelo das óperas italianas. O número de abertura possui 5 minutos de duração e é uma sucessão temas enérgicos, tocados primeiramente de forma vigorosa, seguida por tons melancólicos e finalizando com um movimento alegre.

Sinfonia nº 8, do compositor Ludwig Van Beethoven
O primeiro concerto da Sinfonia nº 8 foi regido em 1814 pelo próprio Beethoven, quando o compositor já estava em estágio avançado de surdez. A obra não foi recebida com entusiasmo na época. Poucos reparavam nos detalhes e nas dificuldades técnicas de cada movimento, em contraste com a grandiosidade das demais sinfonias de Beethoven. Com 25 minutos de duração, é a sinfonia mais curta do compositor.

Batuque, do compositor Alberto Nepomuceno
O brasileiro Alberto Nepomuceno viveu no Ceará no final do século XIX e início do século XX. A música Batuque foi uma das primeiras composições nacionais que tem como referência os ritmos populares. A peça, inicialmente chamada de Dança dos Negros, foi composta um ano antes da abolição da escravatura no Brasil e traz referências da música afro-brasileira.

Abertura do Festival Acadêmico, de Brahms
Composta para a Universidade de Breslau, na Polônia, como forma de agradecimento pelo título de doutor honorário concedido a Brahms, em 1881. A música reúne uma série de canções comuns do meio universitário da época. A Abertura do Festival Acadêmico foi apresentada pela primeira vez para os estudantes da universidade pelo próprio Brahms.

Dança Eslava Op. 46 nº 8, do compositor Antonín Dvórak
Inspirada nas Danças Húngaras de Brahms, a Dança Eslava é inspirada nas danças tradicionais checas, especialmente na região da Morávia. A peça faz parte de uma série de 16 danças eslavas, todas com ritmos marcados e alegres. O compositor abraçou o espírito de diversão das danças populares e as transformou em obras para serem apreciadas não só por bailarinos, mas também para quem gosta apenas de ouvir uma boa música.

Marcos Arakaki
Considerado um dos mais expoentes regente brasileiros de sua geração, o paulista Marcos Arakaki teve seu talento reconhecido a partir de 2001, quando venceu o I Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes, promovido pela Orquestra Petrobras Sinfônica, realizado no Rio de Janeiro. Desde então tem dirigido regularmente as principais orquestras sinfônicas brasileiras, além da Orquestra Filarmônica de Buenos Aires, de Karkhiv na Ucrânia, a Boshlav Martinu na República Tcheca, a Orquestra Sinfônica de Xalapa e da Universidade Autônoma no México.

Colaborou com artistas tais como os pianistas Sergio Tiempo, Gabriela Montero, Anna Vinitiskaya, Sofya Gulyak Ricardo Castro e José Feghali, os violinistas Pinchas Zukerman, Rachel Barton-Pine, Chloë Hanpslic e Luis Fílip; o contrabaixista Günter Klauss, o clarinetista Eddie Daniels, o trompista/trompetista David Gérrier, o violonista Yamandú Costa, além de parcerias com músicos populares dentre eles: Sivuca, João Donato, Ivan Lins, Fafá de Belém e os atores Dira Paes, Zezé Polessa, Edwin Luisi e Sandro Christopher, dentre muitos outros. Regeu em dezembro de 2015 a montagem do ballet Cinderela, com o Ballet do Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná.

Marcos Arakaki concluiu o bacharel em música pela Universidade Estadual Paulista – UNESP e o mestrado em regência orquestral pela University of Massachusetts. Participou do Aspen Music Festival and School (2005), nos Estados Unidos, recebendo orientações de David Zinman e também de masterclasses com os maestros Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville Marriner. Entre 2007 e 2010, trabalhou como regente titular da Orquestra Sinfônica da Paraíba e regente assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira. Como regente titular, Arakaki promoveu a reestruturação da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem entre os anos de 2008 e 2010, recebendo grande reconhecimento da crítica especializada e do público na cidade do Rio de Janeiro. Em 2009, Marcos Arakaki recebeu o Prêmio Camargo Guarnieri, concedido pelo Festival Internacional de Campos do Jordão.

À frente da Orquestra Sinfônica Brasileira, gravou em 2010 a trilha sonora para o filme Nosso Lar, composta por Philip Glass. Marcos Arakaki é o regente associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2011 e contribui de forma decisiva na formação de novas plateias e na difusão da música de concertos, através de turnês e concertos em praças e didáticos, além de ter feito a estreia mundial de 50 obras sinfônicas. Fez sua estreia com a Orquestra Sinfônica do Paraná em 2001 regendo-a novamente em 2002, nos últimos anos tem colaborado continuamente com a OSP em concertos em Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Apucarana, Maringá e Arapongas.

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